Publicado por: Editor - 21 de fevereiro de 2017 - www.nbnbrasil.com.br
Os maiores encontros de Tecnologia da Informação e Comunicação mundiais incorporaram, definitivamente, os meios institucionais de comunicação – inclusive as Redes Sociais – entre os temas mais debatidos. Os seminários e congressos, antes restritos às pautas técnicas, agora ensinam como criar e manter a visibilidade das empresas na internet.
A iniciativa acompanha o mercado global de E-Commerce, que tem crescido exponencialmente e criado nichos promissores para a garotada da TI, que cada vez mais pensa em formas de se destacar no setor com produtos e serviços voltados à praticidade e modernidades na forma de exposição das empresas que já não são mais concorrentes, mas clientes.
Recentemente, o Facebook abriu um novo modelo de capacitação para profissionais da Comunicação e empresários interessados em explorar a Rede Social para ampliar o network. O curso, gratuito e online, é focado nas estratégias e ferramentas de Comunicação disponíveis na plataforma do site. Ou seja, os gestores do Facebook perceberam o potencial da rede para negócios.
Porém, cabe a reflexão se nós, da indústria de TI, temos essa visão empreendedora por meio da Comunicação. Será que vendemos bem e corretamente nossos produtos e serviços? Será que nossas empresas mais pioneiras se adaptaram à Era Digital? Será que nossos administradores se atentaram para as tendências globais do marketing digital?
Um ditado bastante pertinente diz que "em casa de ferreiro, espeto é de pau". Uma simples análise na web é capaz de responder a todas essas perguntas. Poucas são as empresas de TI que se preocupam com a estética e atualização de seus websites. As Mídias Sociais ainda são gerenciadas por profissionais de Recursos Humanos ou do Departamento Comercial. Muitas companhias sequer sabem o papel do comunicador dentro de uma instituição.
Como essa realidade afeta os negócios? Muito simples.
Somos referência em Tecnologia nos sistemas bancários, por exemplo. As facilidades que temos para pagar nossas contas e gerenciar a nossas movimentações em poucos minutos não é regra no mundo. Na mesma linha, temos grandes avanços no ramo de segurança cibernética. Em Brasília, temos empresas que deixariam muitas americanas envergonhadas.
Durante o WCIT, no ano passado, pudemos conhecer jovens empreendedores de primeira linha, que foram premiados por projetos capazes de transformar vidas e realidades de uma comunidade inteira por meio da inovação. Entre os sete selecionados pela Aliança Mundial de Tecnologia da Informação, três eram brasileiros. Porém, nenhum deles atua no Brasil. Não demos a eles a visibilidade e o ambiente propício para o crescimento. Por isso, lá se foram nossos talentos.
Somos ainda juvenis no que se refere à legislação, tributação, burocratização no modelo de comércio exterior, mas, nem por isso, deveríamos nos podar em mostrar o que sabemos e podemos fazer pelo mundo em termos de TI.
Temos capacidade e expertise para deixar qualquer especialista internacional em TI impressionado. Entretanto, enquanto não aprendermos a nos posicionar de forma adequada, vamos nos contentando com o pouco que nos é oferecido no mercado nacional. Vamos ainda morrer à mingua à espera de um incentivo governamental, que nunca (ou dificilmente) nos trará as oportunidades de vitrine que precisamos.
O problema aqui não é a apenas o complexo de vira-lata que nos persegue em todas as áreas, que mexe com nosso ego a ponto de nos paralisar. É que temos uma síndrome de Narcisismo ao contrário. Temos dificuldades em encontrar e vender nossas qualificações. Nos contentamos com o que temos e não é assim que se constroem os grandes impérios.
*Ricardo de Figueiredo Caldas - presidente da Telemikro e do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal
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