A Brasília que queremos para nossos sucessores



PUBLICADO POR: EDITOR 3 DE ABRIL DE 2017 - www.nbnbrasil.com.br



Sustentabilidade! Essa palavra, tão erroneamente utilizada no estrito aspecto ambiental, significa o usufruto consciente dos recursos atuais com a preocupação da disponibilidade futura – em todos os setores. O sentido do termo está bem explorado e difundido entre as novas gerações, porém, de forma segmentada, mas não coletiva.



A Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) estão trazendo para Brasília um modelo inovador de política. Talvez, a solução mais prática que conhecemos até o momento para tirar do papel aquele desejo de nos impor diante da política de cabresto à qual nos submetemos voluntariamente.



A proposta consiste na organização da sociedade civil com vistas a definir parâmetros que nos levarão à cidade que queremos ter em 20 anos. As lideranças setoriais se reúnem para determinar indicadores pelos quais serão avaliados os serviços prestados nas mais variadas áreas: saúde, educação, segurança, desenvolvimento humano, erradicação da pobreza e da desigualdade social, etc.



As propostas serão levadas aos candidatos antes do período de eleições para que sejam analisadas com os partidos correspondentes. O comprometimento deverá ser registrado por meio de assinaturas e em cartório.



É uma forma de inverter o processo eleitoral. Nós (a sociedade) iremos até os candidatos para dizer o que esperamos e quais as melhores formas de obtermos melhorias. Também teremos parâmetros justos e objetivos para analisar o desempenho de cada político eleito.



O principal aspecto dessa proposta é que, pela primeira vez, teremos um plano de ação que ultrapassa os quatro anos de gestão do Executivo e de forma autônoma. A legislação foi feita para apagar incêndios, administrar as demandas recorrentes. Nenhum governante é capaz de organizar e planejar a evolução de uma cidade em tão pouco tempo e ainda ter uma visão ampla e clara de investimentos necessários, o que traz a sensação de ineficiência.



O desafio já foi aceito por outras cidades. A pioneira foi Maringá (Paraná). Há 13 anos, o então prefeito, Silvio Barros, "terceirizou" para as lideranças sociais o papel de pensar nas expectativas que a população tinha com relação ao futuro da região, que abriga cerca de 400 mil habitantes.



Os resultados foram positivos a ponto de garantir a reeleição de Barros, que geriu a Maringá de 2004 a 2012. Em março de 2017, a cidade foi líder do ranking de melhor cidade para se viver, segundo pesquisa da empresa de consultoria Macroplan.



Goiânia foi a segunda cidade a aderir ao modelo de planejamento. O atual prefeito, Íris Rezende, foi eleito com base na aceitação da proposta do Codese (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia, entidade sem fins lucrativos, criada especificamente para esta finalidade) e está sendo avaliado por índices predefinidos.



Caso Brasília tivesse se engajado neste modelo, não teríamos, por exemplo, perdido a base de um projeto tão relevante como o Parque Tecnológico Capital Digital, fruto de estudos realizados ao longo de 15 anos, ou seja, um planejamento consistente e contínuo, que contou com a participação de todas as lideranças interessadas.



O Parque hoje tem objetivos distantes do que foi pensado inicialmente, o que poderá (e irá) comprometer os resultados práticos para toda a população, desde a empregabilidade, passando pela visibilidade, até a geração de riquezas para a Capital Federal.



Por situações como esta, o Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), já aderiu à proposta tão bem colocada pela Ademi e pelo Sinduscon.



Planejamento e engajamento da sociedade devem ser as palavras chaves de qualquer região que pretende crescer.



Quando realizamos o planejamento familiar, por exemplo, pensamos em tudo o que queremos para nossos filhos. Isso engloba: escola, plano de saúde, lazer, segurança, esporte, curso de idiomas, universidade etc. Porque não fazer o mesmo pela nossa cidade? Afinal, ela também é um bem que ficará para nossos sucessores e do qual eles irão usufruir por toda a vida.



Estamos no melhor momento para tomar esta decisão. Se formos rápidos, teremos gestões mais eficazes, já a partir de 2019.



Link Publicação: http://nbnbrasil.com.br/2017/04/03/informacao-tecnologia-a-brasilia-que-queremos-para-nossos-sucessores/


*Ricardo de Figueiredo Caldas - presidente da Telemikro e do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal

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